A venda de produtos por meio da internet, no Brasil, vem crescendo ao longo dos últimos anos. Hoje os consumidores aproveitam mais do que nunca a conveniência de comprar sem sair de casa e, muitas vezes, a chance de pagar mais barato por isso.
Para quem está no mercado, essa é uma oportunidade e tanto para crescer e absorver mais consumidores — e manter um padrão de realizar novas vendas a todo momento. A fim de tomar as melhores decisões em seu empreendimento online, nada melhor do que se apoiar em dados concretos que expressem a realidade desse comércio, não é mesmo?
Por isso, observe, a seguir, 4 dados do e-commerce no Brasil e veja como anda a evolução desse mercado virtual por aqui!
Número atual de lojas
Em um estudo realizado pelo Paypal e pela Big Data Corp, foi possível identificar um crescimento de 21,5% nos endereços brasileiros dedicados a lojas virtuais. Em 2015, o número total de e-commerces brasileiros correspondia a 2,65% de todos os domínios registrados. Já em 2016, esse número saltou para 3,54%.
A maior quantidade das lojas de e-commerce também é de tamanho pequeno (92,64%). O restante se divide entre 6,61% de médias empresas, e 0,76% de negócios de grande porte.
Em comparação a 2015, houve um aumento apenas nas lojas de tamanho pequeno, o que indica que alguns players maiores encerraram suas atividades, mas, ao mesmo tempo, novas lojas foram criadas.
De 2015 para 2016 a pesquisa também apontou que houve um aumento na concentração de lojas em São Paulo, que já era um grande polo no ano anterior. Em 2015, 54,87% das lojas eram do estado, enquanto em 2016 o número passou para 56,38%.
Receita gerada
Houve também uma evolução referente ao faturamento do e-commerce brasileiro. Segundo o levantamento Webshoppers 2015, houve um crescimento de 15,3% no faturamento do e-commerce em relação a 2015. A movimentação total no período foi de R$ 41,3 milhões, contra cerca de R$ 35 milhões em 2014.
Em 2015, o ticket médio anual foi de R$ 388 e, em 2014, de R$ 347. O valor mais baixo foi em R$ 2013, quando atingiu o valor de R$ 327. Em parte, isso se deu graças ao aumento do ticket médio por cliente, o que também aconteceu devido ao aumento nos preços. Variações no dólar e na economia em geral, inclusive, contribuíram para esse aumento.
No primeiro trimestre de 2016, o faturamento foi de R$ 9,75 bilhões, de acordo com o E-bit/Buscapé. O crescimento nominal no período foi de 1% e foram realizados quase 25 milhões de pedidos durante o trimestre.
Em relação ao ticket médio, ele passou de R$ 373, no mesmo período de 2015, para R$ 399 nesse primeiro trimestre. Para 2016, a expectativa é que o faturamento atinja R$ 69,76 bilhões, de acordo com a Pesquisa Conversion 2016, o que totalizaria um aumento total de 25% no faturamento.
Enquanto isso, o Webshoppers tem uma previsão menos otimista e projeta um crescimento de 8% no faturamento. Até 2021, contudo, há uma expectativa de movimentação de mais de R$ 229 bilhões.
Volume de vendas
O faturamento subiu em parte devido ao aumento do ticket médio, mas também há de se creditar o ligeiro aumento nas vendas, em volume total. Em 2015, foram feitos 106,5 milhões pedidos contra 103,4 milhões em 2014. Isso indica um crescimento de 3% no volume total de pedidos, colaborando para o aumento do faturamento.
Porém, no primeiro trimestre de 2016 os dados da E-bit indicam uma queda de 6% no volume total de compras. Mesmo assim, o e-commerce brasileiro tende a ter o maior aumento no último trimestre do ano devido às compras de Natal e às compras na Black Friday, em novembro.
Em 2015, o total de vendas realizadas no e-commerce brasileiro representou pouco mais de 3% de todo o varejo. Sazonalmente, todas as datas dos quatro primeiros bimestres tiveram aumento de vendas.
No Dia dos Namorados, o crescimento das vendas foi de 16% em relação a 2015. No Dia das Mães, o crescimento foi de 8% e no Dia dos Pais, de 8%, segundo a E-bit. Com as dificuldades econômicas do biênio 2015-2016, a expectativa é que o volume de vendas se mantenha mais ou menos estável até o final do ano.
Número e comportamento de usuários
O comportamento dos usuários também vem evoluindo ao longo dos anos, já que hoje existe mais confiança e mais satisfação na compra realizada via e-commerce.
Em 2013, o índice de satisfação do consumidor no primeiro semestre era de 54%. No primeiro semestre de 2014, passou para 56% e, em 2015, para 61%. No segundo semestre, a evolução foi de 57% para 60% e, depois, para 65%.
Ganho em confiança também leva a mais usuários ativos. De 2013 para 2014, o total de consumidores únicos ativos passou de pouco mais de 31 milhões para quase 38 milhões, somando um aumento de 22%. De 2014 para 2015, o crescimento foi mais modesto, mas aconteceu: um aumento de 3%, passando para pouco mais de 39 milhões.
Com a expansão do mobile, as pessoas também estão acessando mais as lojas virtuais por meio de smartphones e tablets. Em 2015, a quantidade de acessos ao comércio eletrônico por dispositivos móveis foi de 42% e a previsão é que, em 2016, um fenômeno inédito aconteça: o acesso mobile supere as outras formas, chegando a 55%.
Essa transição, entretanto, ainda é desafiadora, já que apenas 16,12% dos sites estão prontos para as vendas via mobile. De mais de 10 milhões de domínios analisados, apenas 0,27% possuem aplicativos de compras, indicando uma oportunidade e necessidade de adaptação a esse novo padrão de consumo.
O e-commerce no Brasil vem evoluindo em números de lojas, faturamento, volume de vendas e também em relação ao comportamento do usuário. Ao reconhecer essas estatísticas, você terá novas oportunidades de conseguir mais vendas e surfar na onda desse mercado.
Quer ficar por dentro de tudo do universo do e-commerce? Continue acompanhando o Blog da AGEC E-commerce!
Deixe seu comentário